Expedição Longevidade: As Zonas Azuis

"Para onde nos atrai o azul?"

Guimarães Rosa

A jornalista Lilian Liang, editora da Revista Aptare, tomou uma decisão ambiciosa para comemorar os 10 anos de existência da revista. Uma expedição às hoje conhecidas Zonas Azuis ("The Blue Zones"), algumas áreas do mundo célebres por sua longevidade, onde os nonagenários são comuns e os centenários são vistos com mais frequência do que na maior parte do mundo, mantendo uma boa qualidade de vida, ativos, lúcidos e inseridos em suas famílias e comunidades. Suas impressões foram registradas em uma série de reportagens publicadas no jornal o Estado de São Paulo, recentemente.

As Zonas Azuis

Iniciando pela visita à Nicoya, uma península na Costa Rica, e dali para Loma Linda, na Califórnia, Okinawa, no Japão, Ikaria, na Grécia e Barbagia, na ilha italiana da Sardenha, foram quase 3 meses percorrendo as Blue Zones. Visitando os lugares, conversando com as pessoas, Lilian e sua trupe puderam conhecer melhor a vida destas pessoas e alguns possíveis determinantes da longevidade. Como Lilian afirma, uma esperiência transformadora, que revestiu de novos significados seu entendimento sobre sua própria vida, seu trabalho e suas perspectivas futuras enquanto pessoa humana.

A viagem terminou em Veranópolis, na Serra Gaúcha, uma cidade brasileira conhecida pela longevidade, que vem sendo objeto de estudos, capitaneados pelo Dr. Emilio Moriguchi, médico geriatra, professor da Faculdade de Medicina da UFRGS, desde a década de 1990. Venha conhecer as impressões de Lilian neste vídeo, disponibilizado no Canal Geriatria Online no YouTube, que com sua fala leve e entusiasmada, onde aponta questões que parecem essenciais à uma vida mais longeva: alimentação equilibrada, atividade física inserida no cotidiano, espiritualidade, vida em família e em comunidade e..... bom humor. Curiosamente, a maior parte destas comunidades, localizadas em lugares distantes e remotos, não são caracterizadas por riqueza ou acesso à facilidades médicas. Parece que, para vivermos muito, e vivermos bem, teremos que caminhar sobre nossas próprias pernas.