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Bernard Lown

"Há máquinas de felicidade dispendiosas, que funcionam com enorme desperdício, e há outras econômicas, que, com as migalhas da sorte, criam alegria para uma existência inteira."

Joaquim Nabuco


Bernard Lown foi um cardiologista americano, de origem lituana, laureado pelo prêmio Nobel da Paz em 1985, por seu firme posicionamento contra a Guerra. Militava em uma organização que havia criado, chamada Médicos Internacionais para a Prevenção da Guerra Nuclear, razão pela qual lhe foi concedido o prêmio. 

Um excelente cardiologista

Lown fez toda sua carreira médica em Boston, onde foi professor de Cardiologia na Universidade de Harvard. Ele inventou o desfibrilador, instrumento que já salvou milhões de vidas em arritmias graves e foi pioneiro na criação das unidades de cuidados coronários. Criou a noção de que a mobilização precoce de pacientes que haviam sofrido um infarto agudo do miocárdio era benéfica, sugestão controversa à época em que o repouso absoluto era parte essencial da abordagem da doença.


Bernard Lown, além de um cardiologista tecnicamente muito qualificado, era essencialmente um humanista. Sua obra “A Arte Perdida de Curar” resgata a importância da relação médico-paciente como a essência da prática médica, demonstrando com clareza que não basta para o médico cuidar apenas da doença que aflige o doente, mas compreendê-lo de maneira holística, como um ser bio-psico-social, com o qual deve ser construída uma conexão e uma relação de confiança, base de uma aliança terapêutica que permitirá os melhores resultados clínicos e um cuidado de excelência.


Foi um médico muito bem sucedido e investiu o valor que havia recebido pelo prêmio Nobel na criação de um instituto, o Instituto Lown, ativo até o presente, tendo como presidente um de seus assistentes, o também cardiologista Vikas Saini. Bernard Lown faleceu em 2021, aos 99 anos. O foco dos trabalhos do Instituto é a crítica à demasiada tecnologização da medicina e sua transformação em um complexo médico-industrial, onde o comércio de serviços muitas vezes se sobrepões ao cuidado. 

Lown Institute

O Instituto Lown sugere que a tecnologia tem um papel complementar na prática médica e que o foco do cuidado médico é a pessoa doente, que obviamente pode ser imensamente ajudada pelo aparato tecnológico da medicina contemporânea, mas que cada vez se faz mais carente de uma abordagem humanista e centrada na pessoa.

Dentro dos conceitos abordados pelo instituto está a sobreutilização de recursos médicos – a expressão inglesa é overuse, que tem por consequência o sobrediagnóstico (diagnósticos em excesso) e o sobretratamento (tratamentos em excesso). O uso excessivo de medicamentos em idosos foi recentemente abordado em uma postagem no site do Instituto – processo conhecido como Polifarmácia, que pode ter consequências muito desfavoráveis às pessoas mais velhas, uma vez que são mais sensíveis à fármacos, tendo reações adversas mais frequentes, bem como interações medicamentosas desfavoráveis. 


A Iatrogenia é mais frequente em idosos e a cascata iatrogênica (remédios prescritos para tratar efeitos colaterais de outros medicamentos) pode ter consequências desastrosas para este segmento etário. O uso de medicamentos deve ser muito judicioso em idosos e talvez uma regra a ser observada é que “menos pode ser mais”. Os médicos são treinados para prescrever medicamentos. 

Desprescrição

A Desprescrição é uma atitude médica que deve ser cada vez mais incorporada à prática cotidiana, que busca ativamente suspender os medicamentos, de maneira cautelosa e baseada em evidências, mantendo somente aqueles que são essenciais e necessários à manutenção da saúde e ao controle das doenças.

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No momento atuo em Santa Maria, RS, em consultório privado  - Na Clínica Specialitá, em Camobi, Santa Maria, RS.. Trabalhamos com  assistência domiciliar.,

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